sábado, 31 de dezembro de 2011

A REVOLUÇÃO NOSSA DE CADA DIA



Dai-nos hoje Senhor a luz da serenidade
Para perceber  nossa fragilidade
Perante o território hostil em que habitamos.
E daí-nos coragem para vencer as adversidades
Na luta em defesa dos que não tem voz.
Percepção para enxergar os inimigos tão solícitos e
Astutos em reclamar o seu quinhão.
Dai-nos a clareza da visão além dos gestos
Da audição alem dos sussurros
Do olfato a  farejar tantas tramas
Revestidas de toda concordância e conformidade.
Invertidas em sua razão e sensibilidade.
Dai-nos a fortaleza dos humildes
Na astucia de sua quietude
Na angústia dos que não percebem
Para quem lutamos e conquistamos.
Para além de nossas vicissitudes.
Para além de nossa própria existência
Daí-nos Senhor uma Revolução a cada dia
Que mova multidões com palavras não com armas
Que incendeie o  coração dos que sonham
Que publique a paz em vez da guerra
Que encoraje aqueles que se escondem
Daí-nos Senhor uma Revolução a cada dia
Que mova os sentimentos retraídos
Os sonhos que até então consumidos
Surgem agora como luz e caminho
Para uma juventude que desperta.
Daí-no Senhor uma revolução sem guerra
E com  o amor a premiar esta conquista.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PUXANDO O FIO DO DESENVOLVIMENTO


Algumas cidades ou regiões surgem com uma vocação natural para o desenvolvimento, nelas o sentimento empreendedor da população sobrepõe-se as adversidades e, as vezes, em condições completamente desfavoráveis, aflora-se o progresso e nasce uma vocação econômica.
Em geral, a cultura do povo daquela cidade ou região contribui substancialmente para esse crescimento, e na maioria das vezes atinge um nível em que dispensa a estrutura político-administrativa por já ter alcançado um patamar sólido de crescimento.
Acontece que se analisarmos a história destas cidades ou regiões, vamos encontrar em algum lugar no passado, a mudança de atitude de um grupo ou de alguém, especificamente, que, visionário, arriscou investir naquele lugar para, muitas vezes, sem sequer  vislumbrar os frutos que poderia colher teve a coragem de inovar.
Houve então um ponta-pé inicial, uma mola impulsora para deflagrar toda essa corrida rumo ao crescimento. Muitas vezes explorando vocações não muito comuns naquela comunidade, mas que conduzidas de forma responsável resultaram em melhoria substancial para toda  população.
Quando não acontece um despertar natural da comunidade, há necessidade de uma “intervenção” do poder público criando condições e descobrindo vocações para o desenvolvimento.
O debate com o sociedade é fundamental neste processo, pois ela é a principal protagonista e a grande beneficiária. O poder público nada pode fazer se não houver um envolvimento da comunidade, o espírito associativo e comunitário é fundamental.
As pessoas precisam de desprender de pequenas vaidades e egocentrismos para abraçarem uma causa maior: mudar para melhor a realidade do lugar onde vivem.
A partir do mapeamento das diversas grupos e lugares daquele município ou região é que se pode identificar potencialidades, ora por características geográficas, culturais, religiosas, ora por capacidade econômica.
As vezes uma simples obra de infra-estrutura básica, como uma estrada por exemplo, detona todo um processo de crescimento da região. Em especial aqui no Nordeste levando água, que é um direito de todos, a uma comunidade pode-se deflagrar toda uma cadeia de produção e incrementar a renda daquela população.
Para tanto é necessário que todos se identifiquem como protagonistas deste processo, cobrando iniciativas do poder público local. Em não havendo interesse do governo municipal a mobilização social deve acontecer e deve ser provocada por aqueles que, com conhecimento e responsabilidade, assumam a dianteira neste processo de mudança e rompimento definitivo da dependência do assistencialismo econômico-financeiro-eleitoreiro.
Por isso cabe a você avaliar o seu papel na comunidade e em que você pode contribuir para o seu desenvolvimento. Nada se conquista sozinho e todo poder emana do povo.

POR UMA ECONOMIA MAIS JUSTA


Viver em uma sociedade mais fraterna e menos desigual, com relações econômicas, sociais e humanas ditadas pela ordem da cooperação, em lugar da competição desleal, certamente é osonho de muitos e a necessidade premente do tão sonhado e decantado mundo melhor paratodos.
Buscar construir esse mundo mais harmonioso, mais solidário, mais participativo, onde as disputas sejam travadas de maneira igual é o ideal pensado e idealizado por todos aqueles que buscam estabelecer os parâmetros das oportunidades iguais estendidas a todos.
Esse tipo de convivência tem sido pensado desde os tempos iniciais do pensamento moderno.
Platão (428–347 a.C.), por exemplo, pensou isso em A República (Politéia), quando idealizou uma cidade onde seus habitantes gozassem de plena e pura racionalidade. O egoísmo não existiria, as paixões seriam controladas, os interesses pessoais dariam lugar aos interesses coletivos; o Bem comum, o Belo e o Justo imperariam como princípios básicos, universais e pétreos.Tommaso Campanella (1568–1639), em A Cidade do Sol, idealizou uma comunidade a ser governada por homens iluminados, dotados de plena razão. Thomas More (1478–1535), de igual forma, pensou em Utopia (em grego, “Lugar que não existe”) uma sociedade ideal que se mantivesse longe do conceito da propriedade privada. O luxo, o supérfluo, o orgulho e a vaidade
não teriam lugar nas cidades da “Ilha de Utopia” idealizadas por More. Lá, na “Ilha”, o bem individual seria totalmente submetido ao bem geral.
O inglês James Hilton (1900–54), por sua vez, pensou em Shangri-la: um local onde a convivência entre as pessoas de diferentes procedências fosse, no bojo, de cunho puramente harmonioso.
De fato, por esses poucos exemplos, desde os primeiros passos da criação literária, percebe-se que o ideal de se viver em harmonia tem dominado o pensamento da humanidade.
Assim também se deu com o nascimento das ciências, em especial, das ciências humanas (sociais). Cada qual, à época de seu surgimento, de certa forma, incidiu em profunda contribuição para aguçar esse debate em torno da construção da justiça plena e igualitária estendida a todos. Evidentemente, a Economia (enquanto ciência social) não poderia ficar de fora dessa seara.
No entanto, algo sobre essa temática específica em torno das ciências econômicas precisa, nos dias de hoje, ser bem esclarecido. Repousa sobre esse corpo sistemático de conhecimento, desde a obra seminal do escocês Adam Smith (1723-90), certa “nuvem pesada” em torno de sua real abrangência social.
Ao fazer uso por sistemáticas vezes de intensos cálculos em suas análises, dispondo, para isso, por exemplo, do cabedal teórico da econometria (disciplina fundada pelo norueguês Ragnar Frisch, [1895-1973], cujo emprego de fórmulas matemáticas serve para analisar quantitativamente os fenômenos), não é incomum que a ciência econômica se afaste, por consequência, da sensibilidade social.
Conquanto, resgatar a Economia (enquanto ciência) para essa abrangência – e preocupação para com o social – é, pois, tarefa de suma importância que cabe ser executada pelos teóricos da economia nos dias que correm; até mesmo porque não se deve perder de vista que a economia é, na essência, uma ciência humana, e não exata.
A esse respeito, Celso Furtado (1920-2004), disse, em meados dos anos 1970, que é necessário “buscar construir um debate a partir da constatação de que carecemos de uma teoria geral das formações sociais que provoquem os economistas e outros teóricos das ciências sociais a pensar a teoria social de forma global”. Não por acaso, nessa mesma linha de pensamento, Furtado afirmaria, tempos depois, que “a descoberta do social foi a coisa mais relevante em minha vida”.
Tomando a liberdade de aqui “escapar” das brilhantes contribuições teóricas legadas por Furtado, acreditamos que colocar a economia (usando-a como instrumento) a serviço da construção de uma sociedade mais justa somente fará sentido se, e somente se, entendermos que as estruturas sociais (incluindo o grau de desigualdade sócio-econômica) são historicamente determinadas. Por isso, todo esforço na construção de um mundo melhor, tendo a economia como base desse princípio, terá validade quando, e somente quando, romper-se com os determinantes que estabelecem, por primazia, esses padrões de desigualdades. Sem essa ruptura, nada avançará. Crucial é entendermos que as diferenças sociais não são coisas naturais, mas, antes, são condições impostas, ditadas, pré-estabelecidas. Ninguém é pobre ou miserável porque assim deseja. A pobreza e a miséria, espelhos de uma sociedade desequilibrada em sua essência social, são fatores impostos. Metade da humanidade vive essa situação.
Contornar essa celeuma talvez seja o fato de maior relevância para os dias que seguem.
Romper com a teoria econômica tradicional que projeta luz somente no mercado e nas mercadorias é um primeiro passo para o objetivo de se provocar uma verdadeira e eficaz transformação social.
A ciência econômica e a economia, enquanto atividade, não pode ficar restrita somente ao conteúdo mercadológico; antes disso, é necessário entender que há pessoas que participam, que compõem e que formam toda a estrutura econômico-social. O objeto central de análise de uma ciência social, tal qual a Economia, deve sempre ser o indivíduo e suas necessidades.
A ciência econômica moderna, não pode mais ser pensada sem a inclusão da esfera social.
Incluir os diversos atores que compõem todo o cenário social é imprescindível; assim como também é imprescindível pensar, por exemplo, em desenvolvimento econômico sem desconsiderar o problema ecológico (incluindo a problemática em torno da limitação dos recursos).
Junto a isso, tendo em conta a necessidade de levar a economia para perto da análise social, é fundamentalmente importante condenar de forma veemente o mito de que os mercados se autorregulam. Ora, os mercados conduzidos sozinhos, ao léu, somente potencializam as crises,os desajustes, os desequilíbrios à medida que prioriza apenas uns poucos, em total esquecimento da maioria.
Para que esse padrão de análise dê certo, ou seja, para que a atividade econômica incorpore, de fato, a preocupação para com o lado social, a dinâmica do crescimento da economia deve ser pensada “por dentro”, e não “por fora”. Esse crescimento deve ser endógeno, não exógeno.
Para tanto, deve ser priorizado o capital social e humano de dentro das fronteiras; devem ser canalizados, ademais, os recursos via poupança doméstica, não os recursos externos que sopram a favor dos ventos da especulação e da volatilidade.
Dessa mesma forma também pensa o economista chileno Oswaldo Sunkel que formulou o conceito de “desenvolvimento a partir de dentro”, ou seja, respeitando-se e levando-se em conta as idiossincrasias próprias de cada lugar, de cada povo, de cada necessidade básica, de cada peculiaridade.
É nesse pormenor que entendemos a necessidade do rompimento com a tradicional teoria econômica que ainda infesta os manuais acadêmicos e que se afastam do objetivo social.
Buscar olhar a economia sob o prisma de que essa ciência pode (e deve) ajudar na construção de um mundo melhor nos parece, a contento, uma tarefa das mais imprescindíveis.
A todos que se identificam com esse objetivo, resta incorporar a prédica que recomenda que a vida somente faz sentido quando a usamos como espécie de ferramenta capaz de transformar o mundo em que vivemos. A economia (ciência e atividade) não pode se furtar a esse compromisso, até mesmo porque essa ciência surgiu como “ferramenta” para transformar para melhor a vida das pessoas.

Escrito por Marcus Eduardo de Oliveira - Economista brasileiro, mestre pela Universidade de São Paulo (USP), professor universitário

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A INCRÍVEL HISTÓRIA DO GUARDINHA QUE PENSAVA SER JUIZ, E DO JUIZ QUE PENSAVA SER DEUS


Certa vez um excelentíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito foi parado em uma blitz da autarquia municipal de trânsito daquela pequena cidade e, na oportunidade, não usava o cinto de segurança, falava ao celular e foi flagrado dirigindo na contra-mão.
Parado pelo apito do Sr. Guardinha, imediatamente o juiz sacou sua identidade, a qual  o credenciava a “pisar na terra acima de todos os pobres mortais, em pé de igualdade com DEUS” (claro, isso sera o que ele achava).
Ao apresentar a sua credencial, mal olhou para o pobre guardinha, que estando em atividade, também se considerava  um ser superior a todos os coitados motoristas que passavam, e estava ali pra decidir sobre o destino de qualquer transeunte, tinha o poder de mandar seguir ou parar, recolher e intimidar, considerava-se um verdadeiro JUIZ.
O guardinha então, naquele momento, achando-se no alto de sua prepotente vontade, acima da lei, desdenhou do juiz e mandou-o encostar o carro e segui-lo para que fosse efetuado o levantamento das infrações que o condutor tinha infringido, segundo o Novo Código de Trânsito.
O Juiz fez que não ouviu a solicitação do guardinha e ignorou-o acionando seu carro e em seguida ouvindo novamente o brado silvo de um apito renitente.
- Eu ordenei que o Senhor encostasse o carro. Disse o guardinha.
- Mas com quem você pensa que  está falando meu rapaz, não sabe ler? Sou Juiz de Diteiro e posso mandar prende-lo agora mesmo por desacatar um magistrado.
-  Aqui neste momento quem manda sou eu, e o Sr. Está sob a mesma lei que rege todos nós: a lei do trânsito, e perante ela  somos iguais, menos eu, é claro que sou superior, pois sou quem decide. Gabou-se o guardinha.
- Mas que coisa é você? Disse o juiz ao sacar seu telefone celular e ligar imediatamente para o comandante da polícia militar.
-Vou ligar agora mesmo pro coronel e ele vai mandar recolhe-lo a delegacia mais próxima e vou enche-lo de processos para que você apodreça na cadeia.
-Bom se o Senhor quiser motivos para alguém responder na justiça, eu tenho aqui pelo menos uns dez, isso porque eu ainda não o submeti ao teste do bafômetro.
- É muita audácia da sua parte. Vou eu mesmo cuidar de você seu guardinha metido!
- Sr. Juiz! Pare! Agora! Sr. Juiz faça-me o favor!  Ironizou o Guardinha.
Verificando o tumulto que tinha no entorno dos dois, o chefe do Demutran aproximou-se do local e com seu perfil saído diretamente da “loucademia de polícia”, afastou-os, falando firmemente:
- Vamos parar com esta confusão vocês dois, não vêem que estão atrapalhando o trânsito? Olha o tamanho da fila que se formou.
Neste momento, atendendo ao telefonema do Juiz chega o chefe do policiamento local, que com sua  truculência habitual empurra o Guardinha juntamente com o Chefe do Demutran e, em defesa do magistrado, dá voz de prisão aos homens do trânsito:  
- Vocês estão presos por desacatarem uma autoridade do poder judiciário municipal! Queiram me seguir se não quiserem ser algemados!
Eis que surge então em meio a multidão que se formara, coadjuvante a toda essa cena, um senhor já com idade avançada, de estatura pequena, que até então, calado, não se pronunciara com respeito as autoridades diversas ali representadas.
Esse cidadão comum, do povo, que assim como o povo assiste a tudo e emudece, resolveu então dar sua opinião sobre o ocorrido:
- Senhores da autoridade deste município, sei que todos tem suas razões, e de fato, todos estão amparados pela suas esferas de poder, mas na minha singela e humilde ignorância vejo que o que sobra de soberba a todos, falta educação e respeito ao ser humano, independente de sua colocação da estrutura social e administrativa. Portanto quero dizer que sendo pra prender, eu como cidadão, condeno a todos vocês pela má-educação e pela falta de bom senso, pela falta de diálogo e pela falta de cordialidade. Eu, então, por livre e espontâneo poder popular, decreto voz de prisão aos que, embriagados pelo poder e entorpecidos pela soberba, infringem a lei do respeito da dignidade humana. Estejam senhores todos presos! Em nome do povo!
Todos então se calaram e recolheram-se às suas patentes.
MORAL DA HISTÓRIA: Às vezes é melhor ficar quieto e deixar que pensem que você é um idiota do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida.

terça-feira, 17 de maio de 2011

RÁPIDAS DA HORA




1. O site ESPORTE E MÍDIA foi mencionado em reportagem do programa humorístico PANICO NA TV. Méritos ao milagrense RIBAMAR XAVIER, que com seu site consegue ser destaque na imprensa brasileira e hoje tem mais de 2 milhões de acessos. Visite: http://www.esporteemidia.com/2011/


2. Foi inaugurada no último sábado a BIBLIOTECA INFANTO JUVENIL MARIA DENISE que receberá crianças e jovens e conta com bom acervo de livros frutos de doações para acesso a toda comunidade de Milagres. Palavras do fundador da CASA DA CULTURA GUIMAR GOMES, Sr. Itamar Gomes: "Se queres homenagear alguém o faça em vida". Todos os méritos a Professora Maria Denise, homenageada, que durante muito tempo manteve atividade como educadora em nosso município.

"SEU" DOCA - MESTRE DA CULTURA

Merecida homenagem na reportagem da TV VERDES MARES CARIRI a "Seu" Doca  que hoje é um MESTRE DA CULTURA, título concedido pelo Governo do Estado do Ceará. Sua performace a frente do GRUPO DE CONGOS representa com orgulho para nós milagrenses  e continuidade de uma tradição de quase 200 anos. A arte de "Seu" Doca precisa ser repassada aos mais jovens para que preservem as nossas raízes culturais. O exemplo de dedicação a arte serve para todos que amam a terra de Nossa Senhora dos Milagres.